Atendimento virtual aproxima professores e famílias na EPG Evanira Vieira Romão

A pandemia do coronavírus trouxe muita preocupação e um novo olhar para vários aspectos do nosso dia a dia. Com a educação não foi diferente. Nesse sentido, a EPG Evanira Vieira Romão tem aproximado as famílias e feito a diferença com o recurso de atendimento virtual para tratar dos assuntos administrativos, pedagógicos e divulgar todas as transformações pelas quais a escola vem passando.

Desde o início de maio a equipe pedagógica tem realizado reuniões virtuais e decidiu atender cada turma através de grupos de WhatsApp. A diretora da escola, Tania Kaiser, e sua equipe administram os grupos, colocando-se à disposição das crianças e suas famílias para sanar as possíveis dúvidas sobre o programa Saberes em Casa, oferecido pela Prefeitura de Guarulhos por meio da Secretaria de Educação. “Precisamos nos reinventar e transmitir segurança para continuar atendendo nossas crianças e suas famílias, minimizando esses impactos e mantendo o nosso principal objetivo, que é oferecer uma educação de qualidade para todos”, explica a diretora.

Planejamento coletivo

No decorrer das primeiras semanas do início da pandemia as famílias interagiram com os professores e começaram a pedir atividades que complementassem os desafios propostos pelo programa. Com isso, a unidade escolar decidiu coletivamente ampliar esses desafios oferecendo atendimentos com horários específicos para cada turma. Os professores realizam o planejamento semanal em planilha específica, encaminham com antecedência para a coordenadora pedagógica, Roberta Marques da Luz Félix, que verifica se os saberes necessários estão sendo contemplados.

Para os alunos da Educação Infantil as professoras ampliam os saberes a partir dos desafios e temas oferecidos no programa Saberes em Casa. As atividades são socializadas através de fotos, vídeos e áudios e as devolutivas são feitas individualmente por áudios, respeitando a singularidade de cada criança, além de propor alguns desafios individuais que respeitam o momento de aprendizagem de cada aluno, bem como o potencial de cada família em auxiliá-lo.

A professora Miriam Augusto, do Estágio II, destacou que tem sido uma experiência surpreendente e enriquecedora. “Tivemos agradáveis surpresas na comunicação com as famílias pelo WhatsApp. Primeiro, a adesão das famílias à proposta; depois, a disposição das mesmas em realizar os desafios e sua abertura para escutar as orientações. Surgiu daí uma nova oportunidade de nos aproximar das famílias, estabelecer parcerias, conhecer as crianças em outros espaços e promover situações de aprendizagem a partir disso. Gravamos pequenos vídeos e assim as crianças podem ouvir o que estamos propondo junto aos pais e aos poucos vamos fazendo com que eles vivenciem e percebam que, quando ouvem histórias, recontam, cantam, dançam, conversam, brincam, enfim aprendem muito”, destaca.

Já para os alunos do Ensino Fundamental são utilizados os livros didáticos, material de fácil acesso para todos. “Acreditamos que neste momento precisamos minimizar as desigualdades e trabalhar com o material que todos os alunos possuem”, destaca a coordenadora pedagógica Roberta Marques.

Equipe organizada e alunos envolvidos

A professora Mônica de Oliveira, do 3º ano, relata que em época de pandemia a educação precisa se reinventar através de aulas remotas e que o atendimento virtual tem sido de grande importância nesse processo. “Preocupamo-nos com os saberes em sua totalidade, incluindo as relações e vínculos entre aluno, família e escola. O grupo criado com a professora, gestão, alunos e familiares, que a princípio era totalmente novidade, mostrou-se uma grande ponte para nos aproximar em tempos de distanciamento. Na turma do 3º ano percebe-se a participação dos familiares e dos educandos tirando dúvidas, trocando ideias e sugestões. Esse canal aproximou os familiares, que trazem o interesse e a dificuldade no acompanhamento escolar de seus filhos. Neste momento, acredito que essa forma seja uma das alternativas que temos e tem sido bastante produtiva para a continuidade do processo de aprendizagem”.

O aluno Levi Fogaça Andreoli Nicolau, do 1º ano, falou da saudade que tem sentido da escola e que gosta muito das atividades que tem feito em casa. “Estou achando as atividades divertidas e fáceis, mas sinto saudades do professor, porque às vezes a mamãe está muito ocupada. Ainda bem que dá para falar com o professor Paulo pelo grupo, ele passa lição do livro e sempre manda leituras pelo celular da mamãe”, relata o aluno. Viviane Fogaça Rosa Andreoli Nicolau, mãe do aluno Levi e da Giovana, elogiou a ação da equipe escolar neste período de isolamento. “O trabalho feito pelos professores durante esses meses está dando bastante tranquilidade e apoio para mim. O grupo de WhatsApp tem amenizado o distanciamento e permitido que as crianças interajam entre elas e com os professores. A equipe gestora e os professores estão sempre disponíveis para tirar dúvidas e dar todo o suporte necessário neste período tão inesperado que estamos vivendo”.

Atendimento Educacional Especializado

A EPG Evanira Vieira Romão também atende alunos que possuem deficiências através do Atendimento Educacional Especializado (AEE). As crianças contam com o apoio da professora Edilaine Raquel de Paula e das estagiárias da Inclusão, que desenvolvem o trabalho em conjunto com a equipe escolar, trabalho instituído pelo Departamento de Orientações Educacionais e Pedagógicas por meio da Divisão Técnica de Políticas para Diversidade e Inclusão.

“Neste período de isolamento social nosso trabalho no AEE envolve ações nos eixos de supervisionamento no apoio às famílias, com adaptações, adequações e disponibilização de recursos que atendam cada educando nas suas especificidades, bem como auxílio e suporte para o desenvolvimento de atividades a distância. Nosso objetivo é que através desses atendimentos e propostas os alunos e suas famílias sejam acolhidos em suas diversidades e desafiados a avançarem no processo educativo, mesmo durante este momento delicado para todos”, reforça a professora Edilaine.

“Como mãe de uma criança com deficiência sempre existe uma preocupação se a professora, estagiárias e direção compreendem minha filha, sua forma singela e sutil de se comunicar. A situação que vivemos hoje nos deu a oportunidade de levar a nossa rotina doméstica para dentro da escola através de vídeos, fotos e atividades que a professora Miriam e a equipe têm coordenado e acompanhado tão de perto. Acredito que apesar desse triste momento, tem sido muito positiva a troca, nos aproximou mais e hoje a escola entende melhor como lidar com a Maria, seu potencial além da deficiência, e eu confio e aposto muito nessa parceria”, ressalta Viviane Cavagna Mendonça, mãe da aluna Maria Antônia, do Estágio II.

Resultados

A escola realizou uma pesquisa no final do mês de maio para saber da participação dos alunos nas atividades remotas, com foco no atendimento mais eficiente e para garantir que as famílias estejam acompanhando cada professor. Os dados mostram que 65% de um total de 391 crianças estão acompanhando as atividades utilizando recursos como chamadas virtuais, apresentações e fotos.

Sabendo que esse processo de comunicação é complexo, a escola deve ser protagonista em coletar e compartilhar com toda comunidade escolar. Assim, mais uma vez, se faz essencial ter um canal fácil e claro para os pais se comunicarem com a escola.

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