O meio ambiente é uma pauta emergente! E a escola, como uma agência de comunicação, é uma das responsáveis em informar a comunidade acerca de temáticas que carecem de conhecimento, entendimento, conscientização e, sobretudo, mobilização! Quem melhor para contribuir com este fluxo informativo? Os alunos! E são eles, no papel de comunicadores, que ajudam a multiplicar uns aos outros seus conhecimentos, sobretudo, os que visam à melhoria do planeta!
Em clima de COP 30, a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30), que, neste ano, será realizada em Belém do Pará, no Brasil, as turmas da Escola Municipal Keisaburo Honda, de Guararema, se comprometeram em promover uma educação voltada à sustentabilidade, com foco em uma cidadania ambiental ativa, com vista à justiça climática. Como? Por meio do projeto “Going Green – Small Actions, Big Changes” (Seja sustentável – Pequenas Ações, Grandes Mudanças).
A iniciativa foi realizada pela professora Suéller Costa, entre os meses de abril e junho de 2025, com os grupos do 1º ao 5º ano, durante as aulas de Língua Inglesa. Por se tratar de uma disciplina multidisciplinar, debates de apelo mundial e que interferem no âmbito estadual, regional e local sempre entram em seu planejamento. Norteada pelos princípios da Educomunicação, que semeia um educar pela comunicação, a sequência didática das suas aulas reúne um ciclo de atividades que promova entre os estudantes o direito à comunicação, fazendo jus aos potenciais estudantis para o desenvolvimento de projetos que façam a diferença na formação dos alunos e impactem positivamente a comunidade escolar.
A justiça climática é uma dessas pautas, que entrou no circuito dos debates no âmbito escolar. Com foco nas questões ambientais, o projeto envolveu a comunidade escolar em uma campanha de conscientização sobre a importância de cuidar e agir em prol do meio ambiente. Inicialmente, foram apresentados dados sobre questões ambientais, como o consumo excessivo de lixo, o descarte incorreto, a poluição da água e do ar, o desperdício de recursos como água, comida e papel, e os danos à população — tanto em relação aos espaços físicos (enchentes que têm destruído lares) quanto à saúde (doenças respiratórias).
Após um extenso debate com participação ativa das turmas, os alunos produziram o “Guia Going Green”, com frases ilustradas que traziam dicas para conservar o planeta, como: tomar banhos rápidos, fechar a torneira, doar roupas, desligar a energia, não jogar lixo no chão, reciclar, dentre outras. As dicas foram inspiradas nos 3 Rs (Reduce, Reuse, Recycle), enfatizados durante as aulas. O guia foi apresentado em um showcase e complementado por um vídeo produzido pelos alunos, reforçando o slogan da campanha: com pequenas ações, podemos trazer grandes mudanças ao planeta.
Um dos grandes diferenciais do projeto foi o uso estratégico das mídias e tecnologias digitais. A produção audiovisual, os jogos gamificados, os recursos multimodais e as ferramentas digitais utilizadas ao longo do processo mostraram como a tecnologia pode ser uma aliada poderosa na construção de uma educação mais significativa, conectada e transformadora.
Ao integrar vídeos, imagens, plataformas interativas e recursos de comunicação digital, os alunos não apenas aprenderam sobre sustentabilidade, mas também desenvolveram competências digitais e midiáticas essenciais para o século XXI. A campanha Going Green tornou-se, assim, um exemplo de como novas metodologias e abordagens — como a gamificação, o trabalho colaborativo e o uso de mídias digitais — podem potencializar o processo de ensino e aprendizagem, tornando-o mais dinâmico, engajador e conectado à realidade dos estudantes.
Para consolidar os aprendizados, foi realizada uma atividade gamificada com foco nos novos termos, expressões e estruturas gramaticais estudadas transversalmente (como os auxiliares do e don’t, phrasal verbs como turn off, pick up e turn on, e os termos waste, save, protect, help). Os alunos foram divididos em trios e participaram de quatro fases propostas, por meio das quais a professora pôde ter um panorama avaliativo dos alunos com relação ao projeto.
A cada acerto, os grupos ganhavam Going Green Coins (moedas personalizadas). Ao final, foram eleitos os três principais “Guardians of the Planet” (Guardiões do Planeta), que receberam medalhas simbólicas e um convite para continuar comprometidos com a proteção do planeta. Todos os participantes receberam um bracelete Going Green, como lembrança das mensagens discutidas ao longo do projeto.
Projetos como esse mostram que é possível integrar temas globais como a COP 30 ao cotidiano escolar de forma significativa, mesmo com crianças dos anos iniciais. Ao promover o protagonismo estudantil, a interdisciplinaridade, o uso de tecnologias e o engajamento comunitário, a escola se torna um espaço de transformação — onde pequenas ações se tornam sementes de grandes mudanças, e onde a educação ambiental se entrelaça com a educação digital e midiática para formar cidadãos mais conscientes, críticos e atuantes.